AULA DE FILOSOFIA

Olá pessoal, estamos trabalhando no planinho de 2 aulas de filosofia , ensino fundamental 5° série, para o nosso estágio de prof. O problema é que os alunos não entendem a filosofia , acham muito dificíl e chata. Estamos tentando o máximo de didática. Nosso tema é o HÁBITO , estabelecemos uma conexão com a prática do conhecimento , nossas experiências cotidianas e as relações de causa e efeito. Estou aceitando sugestões. Estou construindo a ideia..........mais ao menos assim..............

PLANO DE AULA EM FILOSOFIA

Área Geral: Empirismo.
Área Específica : Teoria do Conhecimento
Nível : Ensino Fundamental , 5º série.
Duração: 2 aulas de 45' cada.
Tema : Hábito e experiência .

Específico: Relacionar experiência e hábito no conhecimento a partir da visão empirica da Idade Moderna, tendo como referência o filósofo David Hume .

Objetivo Geral: Mostrar a importância do Hábito para conhecimento ; que o hábito é a repetição de experiências sensíveis ou psicológicas, estabelecendo uma relação de causa e efeito para o nosso conhecimento.


Objetivo Específico : Por meio do conceito de hábito pretendemos introduzir algumas noções básicas sobre o funcionamento da natureza humana , racional e sensível;mostrar ou explicar que o hábito é um mecanismo natural , muito parecido com os instintos , estando mais ligado aos sentimentos do que a razão pela relações de causa e efeito.

Problema? : Discutir o porquê do hábito nem sempre ser um comportamento racional , segundo alguns filósofos? Se ele não é racional, qual a causa e o efeito disso para o nosso conhecimento , qual a sua origem e funcionamento.?

Conceúdos : Experiência , Leis da Natureza , Razão , Hábito, Impressões e ideias, percepções, comportamento , relações ou associações de causa e efeito.

Metodologia : sensível, reflexiva, exlicativa e conceitual.
Primeiro será lido a "Lição da Mosca " , pendido aos alunos que prestem bem atenção nas pricipais lições da história da mosca.
Em seguida , refletir sobre as ideias, de hábito e experiência, procurando explicar as principais noções ou lições tiradas do texto.
Terceira etapa , conceitualização dos conteúdos apresentados.
com exercícios objetivos de fixação (F ou V )

Programação:

1º AULA : Hábito e experiência na história da mosca.
2º AULA : Hábito e experiência no livro " O Mundo de Sofia " de Jostein Gaarder, Capítulo 21 (Encerto de Hume ).


HÁBITO , o mesmo que COSTUME. Em geral, a repetição constante de um acontecimento ou de um comportamento, devido a um mecanismo de qualquer gênero (físico, fisiológico, biológico, social, etc.) Na maioria das vezes, esse mecanismo se forma por meio da repetição dos atos ou dos comportamentos e, portanto, no caso de acontecimentos humanos, por meio do exercício. Diz-se que "as coisas habitualmente acontecem assim" para indicar qualquer uniformidade nos acontecimentos, mesmo não humanos, conquanto não seja uma uniformidade rigorosa e absoluta, mas apenas aproximada e relativa, contudo capaz de permitir uma previsão provável. Nesse sentido Aristóteles disse : "Faz-se por hábito aquilo que se faz por se ter feito muitas vezes", e acrescenta que "O hábito é, de certa forma, muito semelhante à natureza, já que 'freqüentemente' e 'sempre' são próximos: a natureza é daquilo que é sempre; o hábito é daquilo que é freqüentemente" . Com isso Aristóteles viu no hábito uma espécie de mecanismo análogo aos mecanismos naturais, que garante, de certa forma, a repetição uni-fonne dos fatos, atos ou comportamentos, eliminando ou reduzindo nestes últimos o esforço e o trabalho, tornando-os, assim, agradáveis.
Com esse significado esse termo foi e é constantemente usado em várias disciplinas (biologia, psicologia, sociologia) e, em filosofia moderna, tem sido tomado freqüentemente como princípio de explicação de problemas gnosiológicos ou metafísicos. O primeiro a usar esse conceito com essa finalidade foi Pascal, que insistiu na influência do hábito na crença: "É o costume (.coutumé) que torna as nossas provas mais sólidas e dignas de crédito: ele redobra o automatismo, que arrasta o intelecto sem que este se aperceba. É preciso conquistar uma crença mais fácil, que é a do hábito {habitude) e que, sem violência, sem arte, sem provas, faz-nos crer nas coisas e inclina todas as nossas forças para essa crença, de tal forma que nossa alma nela incide naturalmente" (Pensées, nQ 252). Foi esse o ponto de vista que, um século depois, serviu de base à filosofia de Hume. Ele definiu o costume como a disposição, produzida pela repetição de um ato, a renovar o mesmo ato, sem a intervenção do raciocínio (Inq. Cone. Underst., V, 1). E valeu-se desse conceito de hábito (costume) para explicar a função das idéias abstratas, que ele considerou como idéias particulares assumidas como signos de outras idéias particulares semelhantes. O costume de considerar interligadas idéias designadas por um único nome faz que o nome desperte em nós nem uma nem todas dessas idéias, mas sim o costume de considerá-las juntas, portanto uma ou outra, delas de acordo com as ocasiões. (Treatise, I, 1, 7). Hume recorre ao hábito para explicar a conexão causai: por termos visto várias vezes juntos dois fatos ou objetos, como p. ex. a chama e o calor, o peso e a solidez, somos levados pelo costume a prever um quando o outro se apresenta. O conjunto de nossa vida diária funda-se no hábito. "Sem o hábito" — diz Hume (Inquiry, cit., V, I) — "ignoraríamos inteiramente quaisquer questões de fato, além daquelas que se nos apresentam imediatamente à memória ou aos sentidos. Não saberíamos adaptar os meios aos fins, nem empregar nossos poderes naturais para produzir qualquer efeito. As ações terminariam, terminando também a parte principal da especulação".

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